segunda-feira, 2 de novembro de 2020

FINADOS, nº 4 - Os Paraísos Artificiais [trecho] (Charles Boudelaire)

« La Mort, que nous ne consultons pas sur nos projets et à qui nous ne pouvons pas demander son acquiescement, la Mort, qui nous laisse rêver de bonheur et de renommée et qui ne dit ni oui ni non, sort brusquement de son embuscade, et balaye d'un coup d'aile nos plans, nos rêves et les architectures idéales où nous abritions en pensée la gloire de nos derniers jours! »

« A Morte, que não consultamos a respeito de nossos projetos e a quem não podemos pedir a aquiescência, a Morte, que nos deixa sonhar com felicidade e fama e que não diz nem sim, nem não, sai bruscamente de sua emboscada e varre num bater de asas nossos planos, nossos sonhos e as arquiteturas ideais em que abrigávamos em pensamento a glória de nossos últimos dias! »
Émile Friant (1863 - 1932) La douleur (Pain), 1898, Musée des beaux-arts, Nancy.

- Charles Boudelaire, do original Les Paradis Artificiels. Tradução para o português de Marina Appenzeller.


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